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PolíticaAlemanha

Alemanha suspende missão militar no Mali

DW (Deutsche Welle)
12 de agosto de 2022

O anúncio feito, esta sexta-feira, pela ministra alemã da Defesa Christine Lambrecht, surge depois das autoridades malianas não terem permitido o acesso de um avião militar alemão ao seu espaço aéreo.

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Afghanistan | Soldaten in Westafrika
Foto: Arne Immanuel Bänsch/dpa/picture alliance

O governo alemão anunciou, esta sexta-feira (12.08), que a sua participação na missão de manutenção da paz das Nações Unidas no Mali (MINUSMA) será suspensa até novo aviso, depois de as autoridades malianas terem voltado a negar o acesso de um avião militar alemão ao seu espaço aéreo.

"Mais uma vez, os governantes do Mali não permitiram o acesso da MINUSMA ao seu espaço aéreo. Por essa razão, não é possível proceder à rotação de pessoal planeada - o que tem efeitos no nosso compromisso, dado que a segurança dos nossos soldados é para nós a prioridade", afirmou a ministra alemã da Defesa Christine Lambrecht, na rede social Twitter.

A governante alemã acrescentou ainda que "as ações do Coronel Sadio Camara [ministro da Defesa do Mali] não são coincidentes com as suas palavras. Portanto, devemos tomar medidas e vamos suspender as operações das nossas forças até novo aviso".

Este não é o primeiro episódio de tensão envolvendo o exército alemão. No mês passado, o Bundeswehr anunciou a retirada de 60 soldados de uma base logística no aeroporto da capital Bamako, após as autoridades malianas terem exigido a partida do contingente.

Após a saída das forças francesas do Mali, Berlim aprovou a prorrogação do mandato das suas tropas no país até 31 de maio de 2023 e aumentou também o número de soldados no terreno. 

"O número atual de 1.100 soldados foi aumentado em 300" para um limite máximo autorizado de 1.400, em particular para compensar a partida das forças francesas, disse, na altura, o porta-voz do Governo alemão.

No entanto, no início do mês passado, o Governo do Mali ordenou a expulsão do país do porta-voz da MINUSMA.

Desde o último golpe de Estado no país, há cerca de 15 meses, o Mali é governado por uma junta militar, liderada pelo coronel Assimi Goita. Na altura, os militares prometeram a realização de eleições rapidamente. No entanto, o escrutínio está agora previsto realizar-se em março de 2024

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