Conselho de Segurança da ONU aprova acordo nuclear iraniano
20 de julho de 2015O Conselho de Segurança da ONU aprovou por unanimidade nesta segunda-feira (20/07) uma resolução que ratifica o recém-firmado acordo nuclear entre o Irã e o grupo P5+1 – os cinco países com poder de veto no órgão mais a Alemanha. A resoluçãoautoriza a retirada gradual das sanções da ONU ao Irã em troca de garantias de que o país não desenvolverá uma bomba nuclear.
O acordo assinado na última terça-feira prevê que o Irã irá restringir o seu programa nuclear por uma década e, em contrapartida, terá o corte das sete sanções da ONU implementadas desde 2006.
De acordo com a resolução do Conselho de Segurança, as sanções, que incluem restrições de viagens e congelamento de bens, serão assim que um relatório da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) confirmar que o programa nuclear iraniano é totalmente pacífico.
Se um dos países que negociou o acordo – China, França, Alemanha, Rússia, Reino Unido e Estados Unidos – disser acreditar que o Irã não está cumprindo os termos do acordo, o Conselho de Segurança da ONU terá 30 dias para votar sobre a manutenção ou não da decisão de retirar as sanções, diz a resolução.
"Quando os nossos países realmente se unem para enfrentar uma crise global, nossa influência cresce exponencialmente", disse a embaixadora americana na ONU Samantha Power, apelando por colaboração semelhante em outras questões, como a crise na Síria. "Isso deveria nos motivar a fazer muito mais."
O embaixador chinês, Lieu Jieyi, também saudou a votação dizendo que se trata do "primeiro passo importante" para implementar o acordo de Viena.
As sanções a serem suspensas incluem a proibição do comércio de bens e serviços ligados a atividades nucleares iranianas e o congelamento de ativos financeiros de empresas e dirigentes iranianos. No entanto, embargos relacionados a vendas e exportações de armas convencionais e tecnologia de mísseis balísticos serão mantidos – sendo que embargos para armas convencionais permanecem por cinco anos e tecnologia de mísseis, por oito anos.
MP/dpa/afp