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Tunísia efetua primeiras prisões após ataque

29 de junho de 2015

Autoridades tunisianas confirmam detenção de um "número significativo" de pessoas ligadas ao atentado terrorista. Quantidade de cidadãos britânicos mortos sobe para 18 e pode chegar a cerca de 30.

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Foto: Reuters/Z. Bensemra

Autoridades tunisianas anunciaram nesta segunda-feira (29/06) as primeiras prisões após o ataque que deixou 38 mortos em um resort próximo à cidade de Sousse, no leste do país, na última sexta-feira.

O ministro do Interior, Najem Gharsalli, confirmou que as autoridades prenderam "um número significativo de indivíduos da rede que estava por trás do terrorista", se referindo ao atirador, identificado como o estudante Seifeddine Rezgui, de 23 anos.

Ele teria tirado um rifle de assalto Kalashnikov de um guarda-sol e aberto fogo contra os turistas, antes de ser morto a tiros. Gharsalli afirmou que a polícia investiga se ele teria sido treinado em campos jihadistas na Líbia.

Durante visita ao local do ataque, a ministra britânica do Interior, Theresa May, prometeu o empenho de seu país na luta contra os extremistas. Em coletiva de imprensa conjunta com seus homólogos da Alemanha, França e Tunísia, ela afirmou que as autoridades estão "decididas a derrotar aqueles que visam a enfraquecer nossa liberdade e democracia e assegurar que os terroristas não irão vencer".

May, juntamente com os ministros do Interior da Alemanha, Thomas De Maizière, e da França, Bernard Cazeneuve, se juntaram a autoridades tunisianas numa cerimônia em homenagem às vítimas na areia, perto do hotel Imperial Marhaba, onde o ataque ocorreu.

Um porta-voz do primeiro-ministro britânico,David Cameron, afirmou que as autoridades do Reino Unido identificaram até o momento 18 cidadãos britânicos mortos, e que esse número pode aumentar para em torno de 30. Inicialmente, acreditava-se que 15 britânicos haviam morrido, além de três irlandeses, um alemão, um belga e um português.

O massacre, cuja autoria foi reivindicada pela organização extremista "Estado Islâmico" (EI), causou o maior número de vítimas britânicas desde os atentados terroristas em Londres, em 2005.

RC/rtr/afp