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Moçambique: Recenseamento eleitoral arranca em Quissanga

Lusa
1 de maio de 2024

O recenseamento eleitoral em Quissanga, Cabo Delgado, arrancou esta quarta-feira (01.05), depois de concluído no resto do país. Insegurança provocada por ataques de insurgentes postergou o processo naquele distrito.

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Posto de recenseamento em Nampula
Posto de recenseamento em Nampula (Foto de arquivo)Foto: DW

O recenseamento em Quissanga para as eleições gerais de 09 de outubro vai decorrer até ao dia 15 de maio, segundo o decreto aprovado pelo Conselho de Ministros de Moçambique em 23 de abril, em resposta a um pedido da Comissão Nacional de Eleições (CNE).

O recenseamento eleitoral em Moçambique arrancou em 30 de março e terminou em 28 de abril, tendo a CNE agendado para quinta-feira (02.05) a divulgação dos números finais de eleitores inscritos em todo o país.

Apesar da insegurança na região, a CNE registou em Cabo Delgado 540.190 votantes, o equivalente a 91,41% do previsto, segundo os últimos dados avançados por Alberto José, vogal da comissão eleitoral naquela província.

No mesmo decreto o Conselho de Ministros fixa também a extensão até 05 de maio do período de recenseamento eleitoral na Tanzânia, face ao atraso de nove dias na chegada do equipamento naquele país.

Moçambique realiza em 09 de outubro eleições gerais, incluindo presidenciais, às quais já não concorre o atual Presidente da República e líder da Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO), Filipe Nyusi, por ter atingido o limite de dois mandatos previsto na Constituição.

Mais de 6,6 milhões de eleitores já foram inscritos para as eleições gerais de 09 de outubro em Moçambique, dos mais de sete milhões previstos para recensear, indica a última atualização da CNE.

Pelo menos 13 formações políticas já se inscreveram para o escrutínio, entre as quais estão dois dos três partidos parlamentares, a Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO) e o Movimento Democrático de Moçambique (MDM).

A província de Cabo Delgado enfrenta há seis anos uma insurgência armada com alguns ataques reclamados pelo grupo extremista Estado Islâmico.

A insurgência, que desde dezembro de 2023 voltou a recrudescer com vários ataques às populações e forças armadas, levou a uma resposta militar desde julho de 2021, com apoio primeiro do Ruanda, com mais de 2.000 militares, e dos países da África austral, libertando distritos junto aos projetos de gás.