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Moçambique: Insegurança abala Niassa

Manuel David (Lichinga)25 de julho de 2016

Este fim de semana homens armados atacaram o posto policial e o centro de saúde de Muapula, na província do Niassa. Dispararam tiros e levaram medicamentos, mas não se registaram mortos ou feridos.

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Conflito entre o Governo e a RENAMO tem motivado vários ataques nos últimos mesesFoto: Getty Images/AFP/J. Jackson

As autoridades governamentais suspeitam de que a Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO), esteja por trás deste ataque, mas o maior partido da oposição não confirma a sua autoria.

Os homens dispararam vários tiros e atacaram o posto policial de Muapula na madrugada deste domingo (24.07). Também queimaram a casa oficial do chefe da localidade e roubaram medicamentos e material médico-cirúrgico do centro de saúde local, segundo relatos de testemunhas à imprensa moçambicana.

Esta segunda-feira (25.07), Arlindo Chilundo, governador da província do Nisssa, destacou a gravidade do roubo, que pode colocar em causa da saúde dos moçambicanos. "Estes bandidos, ladrões armados, roubaram medicamentos e material hospitalar. Agora, metade da população de Muapula pode ficar sem esta vacinação", diz o governador.

Autoridades suspeitam da RENAMO

Muapula é um dos bastiões da RENAMO e as autoridades governamentais desconfiam de que o maior partido da oposição esteja por trás deste ataque. "A ordem e segurança pública mantêm-se relativamente calmas neste momento", afirma Alves Mate, porta-voz da Polícia da República de Moçambique (PRM).

"As equipas estão no local a trabalhar no sentido de nos trazer mais informações. Oportunamente a polícia irá pronunciar-se sobre este caso”, acrescenta.

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Saíde Fidel, delegado político provincial da RENAMO no Niassa, diz que acompanhou o ataque "através da imprensa" e que este "constitui uma preocupação", mas não confirma que homens da RENAMO tenham sido os autores.

"Nós sabemos que existem muitas tentativas de ataques, por vezes organizados por pessoas desconhecidas. Eu não confirmo, porque não tenho uma prova que possa sustentar essa acusação", diz o delegado da RENAMO”.

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